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Quem foi que disse que ser Real não é ser feliz?

terça-feira, 4 de agosto de 2015

Parque Madureira: esperança num mundo melhor

Um conhecido samba de Arlindo Cruz, “Meu Lugar”, fala do bairro de Madureira, na Zona Norte do Rio. Na letra, o compositor diz:
“(...)
Meu lugar
É cercado de luta e suor
Esperança num mundo melhor
E cerveja pra comemorar
(...)”
Hoje, na primeira matéria do Real no Rio, apresento o Parque Madureira, inaugurado em 2012, inserido na proposta do Rio como Cidade Olímpica.
O parque tem mais de 100 mil m² e acompanha o traçado da via férrea que corta o bairro pelo ramal Belford Roxo (existe a passagem de outro ramal pelo bairro). Possui diferentes entradas ao longo de sua extensão e, no trecho que fica em frente à fábrica da Piraquê, uma passarela faz a ligação com o outro lado da linha do trem, onde a fábrica está localizada. A entrada principal é ao lado do Madureira Shopping e foi por lá que iniciei minha visita, na qual tive a ilustre companhia do amigo e parceiro de aventuras Marcos Davi.
Entrada Principal, próxima ao Madureira Shopping
Inaugurado no contexto da conferência Rio + 20, o Parque traz a sustentabilidade como uma grande marca.  Arborizado do início ao fim, com jardins suspensos nas paredes das fachadas dos banheiros e do Centro de Educação Ambiental, captação de água da chuva para as fontes e cascatas artificiais (com tratamento para os resíduos sólidos), captação de energia solar e iluminação de baixo consumo, entre outras medidas, mostram que, lá, o futuro já chegou e é levado a sério.
Próxima ao local por onde entrei fica a Praça do Samba, grande espaço que recebe shows do gênero tão tradicional no bairro e de outros ritmos. Em dias em que não há programação musical, o espaço é ocupado por práticas esportivas. Durante a visita, vi pessoas patinando e aula de tae-kwon-do no palco.
Praça do Samba
Perto dali está a Nave do Conhecimento. Administrada pela Secretaria Especial de Ciência e Tecnologia, a Nave oferece acesso à internet, exposições em telas com tecnologia interativa, cursos, oficinas e sessões de cinema na área externa todas as sextas-feiras, a partir das 19h. A locomoção dentro da Nave é feita através de rampas e corredores projetados considerando a acessibilidade para todos os públicos. Dessa parte do Parque, tenho dois destaques: as “cápsulas”, que são formas ligeiramente circulares, como recuos nas paredes, onde o visitante pode se deitar e acessar a internet em tablets; e o atendimento primoroso da equipe responsável pelo local, a quem agradeço imensamente.

Nave do Conhecimento Compositor Silas de Oliveira


E a autora deste blog na "cápsula"!
Pelo caminho, passamos por uma academia da terceira idade, um parquinho onde os brinquedos são feitos com material reciclado ou madeira de reaproveitamento (essa, aliás, também usada nos quiosques e em espaços de convívio), campo de bocha e uma arena de tênis de mesa. Também passamos por estacionamentos de quadriciclos e bicicletas para aluguel pelos usuários.
Entrada da Academia da Terceira Idade, com equipamentos ao fundo.
Jogo da Velha feito com material reciclado, no parquinho infantil.
No meio do Parque encontra-se o Centro de Educação Ambiental, onde acontecia uma atividade na hora e, por isso, não pudemos entrar para visitar. A edificação desse Centro e as dos banheiros (abundantes por todo o Parque, limpos e sem falta de material) são semelhantes, ambas contando com fachadas verdes, recobertas por jardins suspensos.
Centro de Educação Ambiental
Logo após, fica o “coração” do Parque: o mirante com os Arcos Olímpicos, que foi inaugurado em maio de 2015 e já é reconhecido como o símbolo do Parque. Abaixo do mirante há uma espécie de praia artificial, com areia e uma cascata de água tratada.
Os Arcos Olímpicos e a cascata, centro do Parque
Quem sai na chuva é pra se molhar. No sol. também. E à noite, também!
A área de skate, chamada de Skate Park Jorge Luiz Souza "Tatu" (pioneiro do skate no Brasil), é, talvez, a mais conhecida das atrações do Parque Madureira. Tanto pela área como pela qualidade de seus equipamentos, tem recebido visitantes e competições nacionais e internacionais. O espaço já foi classificado como o mais moderno da América Latina e é, de verdade, surpreendente.
Grande Bowl
 Pista de street
Rampa para downhill

 Banks
Caminhando para o fim do Parque, há duas quadras poliesportivas, um campo de futebol com grama sintética e uma quadra de vôlei de areia. Nesse trecho, há outra academia a céu aberto e espaços usados para treino funcional.
No fim do Parque, que é parcialmente circundado por uma ciclovia (também usada para corrida, caminhada, patins e skate), encontra-se a Arena Carioca Fernando Torres, espaço onde são oferecidos cursos e oficinas e também usado para shows musicais e apresentações teatrais.
Arena Carioca Fernando Torres
O saldo da visita ao Parque Madureira foi altamente positivo. Foi com alegria que encontrei lazer, esportes, urbanismo e sustentabilidade no mesmo lugar. Também fiquei bem impressionada com a limpeza e segurança do local. Recomendo a visita a todos, lembrando que, de acordo com a Prefeitura, o Parque deverá ter suas dimensões multiplicadas em breve, chegando às proximidades da Avenida Brasil e cortando 8 bairros da região.
Ao término da visita, só pude acreditar que o compositor tinha razão: esperança num mundo melhor? Sim, em Madureira!
Para maiores informações:
Site do Parque Madureira: http://www.rio.rj.gov.br/web/sect
Off Jam (skate): http://offjam.canaloff.globo.com/skate-park-de-madureira/
O Globo: http://blogs.oglobo.globo.com/radicais/post/skate-park-de-madureira-praca-de-skate-dos-sonhos-454147.html

Agradecimentos: a toda a equipe do Parque Madureira, com destaque especial para o núcleo da Nave do Conhecimento, por nos atender de forma tão prestativa; e ao Marcos Davi, meu amigo de uma década e meia, por acreditar no meu projeto e embarcar nessa aventura junto comigo!



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